quarta-feira, 17 de outubro de 2007

GABARITOS

Brasil – Colônia

1) a) No período colonial os principais centros urbanos do Brasil funcionavam como centros administrativos próximos às áreas de importância à metrópole portuguesa.

b) No período imperial os principais centros urbanos do Brasil se adequaram a preocupação governamental de expressar a modernização através do estímulo às artes, à cultura e à educação das elites.

2) a) Desde o período colonial até meados do século XX, a ocupação da Amazônia esteve vinculada às atividades extrativistas e a ação de missionários religiosos, tendo na hidrografia a via de acesso ao interior.

No período do colonial destacaram-se a exploração das drogas do sertão e a ação sobretudo dos jesuítas na fundação de núcleos de povoamento.

b) Entre 1880 e 1920, a região viveu o "Ciclo da Borracha", favorecido pela demanda do produto em decorrência da Segunda Revolução Industrial.

Se de um lado a exploração da borracha enriquecia seringalistas e atravessadores, fez proliferar na Amazônia uma massa pauperizada, formada principalmente por migrantes do Nordeste.

3) a) A colonização portuguesa no Brasil foi feita por meio da montagem de uma colônia de exploração. Nas Treze Colônias inglesas, na América do Norte, houve duplicidade de sistemas: as do Sul estruturaram-se como colônias de exploração, enquanto as do Norte constituíram-se em colônias de povoamento.

b) As independências das Colônias Inglesas em 1776 e do Brasil em 1822 integram o quadro geral da crise do Antigo Regime. A transição da Idade Moderna para a Idade Contemporânea foi marcada pela efervescência intelectual iluminista e pela turbulência da "Era das Revoluções", rompendo com a sociedade de ordens, sepultando os resquícios feudais e eliminando o Pacto Colonial mercantilista. O ápice desse processo efetivou-se com o dinamismo da Revolução Industrial e com a Revolução Francesa e seus desdobramentos, como as guerras napoleônicas e a independência das colônias ibero-americanas.

4) a) Com Portugal, dentro do regime de monopólio (exclusivo) associado à política econômica mercantilista. Em determinados casos, o comércio era intermediado pelas companhias privilegiadas, como a Cia. de Comércio do Brasil e a Cia. de Comércio de Pernambuco e Paraíba.

b) Aristocracia rural (elite agrária), representada principalmente pelos senhores-de-engenho.

5) a) O nordeste brasileiro ocupado pelos holandeses a partir das invasões na Bahia (1624-25) e em Pernambuco (1630-1654) após a proibição do rei da Espanha, durante a União Ibérica, da participação holandesa no comércio do açúcar brasileiro.

b) Durante a administração de Maurício de Nassau, banqueiros holandeses financiavam a obtenção de escravos e a produção açucareira aos senhores de engenho, havendo uma relativa tranqüilidade na convivência entre os invasores e invadidos.

6) a) A União Ibérica (1580-1640) foi prejudicial ao Reino português devido às guerras na Europa envolvendo os Habsburgos que contribuíram para o declínio político e a dependência econômica de Portugal, enfraquecendo o poderio no continente e sobre suas colônias.

b) Após a União Ibérica, foi criado pela Coroa Portuguesa, o Conselho Ultramarino, com a finalidade de impor às colônias um rigoroso fiscalismo e o arrocho econômico, sobretudo o Brasil, intensificando-se a busca do ouro e reduzindo-se o poder das Câmaras municipais.

7) a) A mineração desenvolveu-se nas Minas Gerais e no Centro-Oeste, apoiada sobretudo no trabalho escravo mas também em modalidades de trabalho livre.

A população numerosa demandava grande quantidade de produtos e serviços permitindo o intenso desenvolvimento de atividades comerciais e urbanas.

b) A pecuária que abastecia os centros urbanos com o fornecimento de carne e de animais empregados para o transporte e a agricultura de subsistência.

8) Entre as transformações ocorridas destaca-se um ACELERADO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO. Além disso, as regiões de mineração - em função do crescimento populacional e o aumento do consumo de gêneros e alimentos - desenvolveram um SISTEMA DE INTEGRAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA COM OUTRAS ÁREAS COLONIAIS. Portanto, é criado um importante setor do MERCADO INTERNO. Aumentam também os dispositivos de CONTROLE SOCIAL SOBRE A POPULAÇÃO ESCRAVA E SETORES MARGINALIZADOS DA POPULAÇÃO LIVRE E DE CONTROLE FISCAL E BUROCRÁTICO POR PARTE DAS AUTORIDADES METROPOLITANAS. Na perspectiva das transformações sócio-culturais, destaca-se o SURGIMENTO DE PÓLOS ARTÍSTICOS URBANOS, como a ARTE BARROCA e as SOCIEDADES LITERÁRIAS.

9) a) Entre as razões para as invasões francesas e a tentativa de estabelecer uma colonização no Rio de Janeiro, em meados do século XVI, destacam-se a DISPUTA PELO COMÉRCIO COLONIAL - basicamente o tráfico do pau-brasil - e o CONTROLE SOBRE ÁREAS DE PRODUÇÃO DE GÊNEROS TROPICAIS. A idéia de um estabelecimento colonial - nos moldes da FRANÇA ANTÁRTICA - também se vinculava a perspectiva da criação de um espaço geográfico, político e social de REFÚGIO PARA HUGUENOTES E OUTROS PERSEGUIDOS RELIGIOSOS.

b) As invasões holandesas no Brasil do século XVII estavam inseridas nas disputas relativas AO CONTROLE SOBRE O COMÉRCIO DO AÇÚCAR. Existiam INTERESSES COMERCIAIS DIVERSOS EM JOGO (investimentos nas montagens dos engenhos, controle quanto ao transporte do açúcar, tráfico negreiro, etc), articulando a Cia. das Índias Ocidentais, lutas e guerras na Europa e a ocupação de áreas coloniais sob o controle de Portugal.

10) a) encomienda, repartimento, mita e cuatequil.

b) resistência indígena; epidemias/mortes; interesses comerciais no tráfico negreiro; oposição da Igreja com relação à escravização dos índios e conflitos entre colonos e jesuítas em torno do controle da mão-de-obra indígena.

11) a) A Inconfidência Mineira teria sofrido de forma mais intensa a influência da Independência dos EUA, enquanto a Conjuração Baiana teria sido mais influenciada pelo ideário da Revolução Francesa.

b) No Brasil, ao contrário da Europa, o liberalismo não se colocou, enquanto ideologia de transformação das estruturas sociais vigentes.

Na Europa, a burguesia utilizou-se do ideário liberal para contestar as estruturas do Antigo Regime.

No Brasil, o liberalismo foi apropriado por uma elite agrária que tinha como principal objetivo manter as estruturas fundiárias de posse da terra e a utilização da mão-de-obra escrava.

12) a) Revolução do Porto ou Revolução Liberal do Porto ou Revolução de 1820.

b) A Revolução do Porto interferiu diretamente no processo e na forma de nossa emancipação política, uma vez que as características contraditórias da Revolução (criar um regime político liberal constitucionalista em Portugal e, ao mesmo tempo, anular a relativa autonomia dada à colônia) acirraram as disputas no Brasil. De um lado, o chamado Partido Português, desejoso de restaurar antigos privilégios, de outro, o Partido Brasileiro, que visava à preservação dos ganhos advindos com o estatuto político-jurídico de Reino Unido.

13) a) A relação da população escrava na ilha de São Domingos contra a exploração senhorial que culminou com a formação do Estado independente do Haiti em 1804.

b) O temor por revoltas semelhantes fez com que nas demais colônias da América Latina, as classes dominantes aumentassem a repressão aos escravos.

c) Influenciou movimentos intelectuais e populares favoráveis à emancipação das colônias e ao fim da escravidão como a Conjuração Baiana no Brasil em 1798.

14) a) Movimento de final do século XVIII, também conhecido por "Revolta dos Alfaiates", que se insere no quadro da crise do Antigo Sistema Colonial português e se destaca por seu forte cunho social, devido à liderança da população mais pobre de Salvador, que vislumbrava acabar com as diferenças sociais, políticas e étnicas através da instituição de uma democracia.

Um dentre os objetivos a seguir:

- proclamar a república

- abolir a escravidão

b) - A conjuração Baiana foi fortemente influenciada pelo ideário, herdeiro do Iluminismo, de liberdade, igualdade e fraternidade proclamado pela Revolução Francesa de 1789, adquirindo colorido específico no universo colonial onde crescia uma determinada percepção crítica do "viver em colônias".

15) a) Os personagens envolvidos na conspiração foram denunciados e presos antes do início do movimento.

b) Trata-se do primeiro movimento emancipacionista para o Brasil inteiro. Os anteriores tiveram caráter regional.

Brasil – Império

16) a) A sociedade era formada basicamente pela aristocracia rural e escravos, constituindo-se em senhorial e patriarcal.

b) Não, pois o sistema eleitoral era censitário, marginalizando a maioria da população.

17) Econômico: Os prejuízos à economia brasileira decorrentes dos gastos na Guerra contra a Cisplatina.

Político: Os ataques a D. Pedro I através da imprensa, responsabilizado pela morte do jornalista Libero Badaró.

18) a) As relações entre a Igreja e o Estado no Brasil imperial, foram regulamentadas pelo regalismo (subordinação da Igreja ao Estado), o padroado (nomeação de cargos eclesiásticos pelo imperador) e o beneplacito (aprovação das bulas papais pelo imperador).

b) As outras religiões eram legalizadas porém, os cultos deveriam ser particulares.

19) a) Poder criado para garantir a harmonia entre os outros três poderes, e de uso exclusivo do monarca, concentrando as decisões na figura do imperador.

b) Movimento surgido no Nordeste de caráter separatista, e republicano que atacou o fechamento da constituinte e o poder moderador de D. Pedro I.

20) a) Em algumas regiões do país, como a Bahia, onde havia contingentes de tropas portuguesas leais a Portugal houve resistência armada a proclamação da república resultando em vários conflitos.

b) Porque D. Pedro I não concordava com as limitações ao seu poder que os deputados constituintes queriam por na primeira versão da constituição. Assim D. Pedro I fecha a constituinte e impõe (outorga) a constituição de 1824 que lhe garantia o poder que desejava.

21) a) A Cabanagem (Grão-Pará), Balaiada (Maranhão e Piauí);

Sabinada (Bahia), Farroupilha (Rio Grande), Revolta dos Malés (Bahia).

b) - a oposição à política centralizadora do governo regencial;

- as lutas entre facções políticas e/ou entre setores das elites locais em busca da manutenção e/ou ampliação de seus poderes políticos,

- participação popular nas revoltas, favorecida pelo espaço político aberto pelos conflitos no interior dos grupos dominantes a nível local ou entre estes e o poder central;

22) O período regencial foi conturbado por rebeliões de caráter separatistas como a Guerra dos Farrapos (RS) e Sabinada (Bahia), e rebeliões contrárias à marginalização social como a Cabanagem (Pará) e Balaiada (Maranhão).As causas e a repressão a estas rebeliões, associadas às divergências de grupos políticos, revelam a crise econômica, política e social que marcaram o período.

23) a) A presença de técnicos, artistas e cientistas no Brasil no século XIX com apoio do governo imperial, traduzia-se na introdução da modernização no país em detrimento dos aspectos arcaicos da sociedade brasileira.

b) A Missão Francesa trazida por D. João VI em 1816 e da Missão Austríaca em 1817.

c) A Europa de meados do século XIX já se configurava como uma sociedade urbano-industrial enquanto no Brasil prevalecia o modelo agro-exportador, aristocrático e escravista, herdado do período colonial.

24) a) O quadro de conflitos que marcou as relações entre os países do Cone Sul, no século XIX, tem suas origens no caudilhismo, que contrapunha grupos agrários e políticos autoritários, cujos objetivos incluíam o controle da navegação na Bacia Platina - área de intenso comércio -, o expansionismo territorial, além da exploração do contrabando, dos roubos de gado nas fronteiras e da concorrência entre o Brasil e o Paraguai no mercado de exportação do mate. Assim, o Império compôs a Tríplice Aliança com a Argentina do governo Mitre e o Uruguai de Venâncio Flores e bateu-se contra o Paraguai de Solano Lopes.

b) A vitória da Tríplice Aliança representou o rompimento do equilíbrio de forças políticas e econômicas na região. Com o Paraguai destroçado, Brasil e Argentina emergiram como nações determinantes na condução dos destinos da área platina. O Uruguai manteve sua postura pendular, em relação ao Império e à República Portenha, e finalmente a Inglaterra pôde continuar exercendo sua hegemonia sobre esse mercado.

25) a) O predomínio de escravos da faixa entre 10 e 29 anos de idade (isto é, em idade produtiva ótima) e a preponderância de cativos do sexo masculino.

b) O predomínio de escravos em idade produtiva ótima, relaciona-se à necessidade de imediata integração dos cativos ao processo de produção, ou ainda à inexistência de perspectivas auto-reprodutivas dos cativos por parte dos plantadores escravistas.

26) a) O viajante questiona a utilização do trabalho escravo, considerando-o um obstáculo ao desenvolvimento tecnológico e econômico, tendo como referência a Revolução Industrial que se processava na Inglaterra.

b) No Oeste paulista, os cafeicultores adotaram a mão-de-obra assalariada ou sistemas de parceria, sobretudo de imigrantes europeus o que resultou na modernização da produção cafeeira na região.

27) a) O texto ressalta o heroísmo paraguaio contra a Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai).

b) A representação ilustra o ideal republicano e abolicionista que se fortaleceu no Brasil após a Guerra do Paraguai.

c) Antes da Guerra do Paraguai, os militares devido a origem de setores médios e o grau de esclarecimento já eram contrários à escravidão e durante a Guerra esse ideal se fortaleceu pois lutavam lado a lado com os negros. A adesão dos militares aos movimentos abolicionistas contribuiu para a Lei Áurea de 1888.

28) a) O movimento de unificação italiana sob influência do reino do Piemonte Sardenha favorável a um projeto de industrialização que teve como conseqüência o êxodo rural e a formação de um numeroso exército de mão-de-obra de reserva, soma-se ainda, a concentração fundiária nas áreas férteis do Sul.

b) As regiões Sul e Sudeste sobretudo o Oeste Paulista, servindo como mão-de-obra nos cafezais.

c) A agricultura cafeeira caracterizou-se como plantation de exportação baseada no latifúndio e na monocultura empregando a mão-de-obra escrava no início e posteriormente dos imigrantes europeus.

29) a) A extinção do tráfico comprometeria a reprodução do trabalho escravo, essencial para a sustentação da economia brasileira na época.

b) O aumento da pressão inglesa pelo fim do tráfico negreiro a partir de 1845 (Bill Aberdeen, tanto mais que a lei de 1831 não saíra do papel conforme esperavam os ingleses).

30) a) Lei Euzébio de Queirós (1850 - extinção do tráfico); Lei do Ventre Livre (1871 - Lei Rio Branco); Lei dos Sexagenários (1885 - Lei Saraiva Cotegipe) Lei Áurea (1888 - Lei da Abolição da Escravatura)

b) A Lei do Rio Branco, ou Lei do Ventre Livre, inaugurou uma intervenção do Estado Imperial junto à propriedade privada dos fazendeiros representada por seus escravos. A partir de 1871, os filhos das escravas tornar-se-iam livres. Isto representou um enfraquecimento do controle do senhor sobre sua escravaria em função da mediação da Coroa, bem como veio a afirmar o papel do sistema legal como agente ativo para o controle e a mudança social. Através desta lei, a Coroa atuava investida da missão de tornar manifesta a repulsa ao escravismo e operava por meio de um instrumento - a lei - que respondia às exigências de uma economia em crescimento e de uma resistência escrava latente às vezes, mesmo, explosiva.

Brasil – República

31) a) O texto apresenta a situação de superexploração à qual estava submetida a classe operária durante a República Velha. As principais questões sociais apontadas são:

- a utilização do trabalho infantil e feminino nas fábricas, com o agravante de que os salários recebidos pelas mulheres eram menores que os pagos aos homens;

- as longas jornadas de trabalho (9 a 10 horas diárias).

b) Na década de 1910, o anarquismo, sobretudo na sua versão anarco-sindicalista, foi a principal influência no movimento operário brasileiro.

Na luta contra o patronato, o Estado e a Igreja, os trabalhadores organizaram sindicatos livres, fundaram jornais próprios, tentaram criar um sistema de ensino desvinculado da rede oficial ou religiosa e mantiveram bibliotecas e centros de cultura, além de realizarem boicotes, manifestações e greves. As principais reivindicações relacionavam-se à luta por aumento salarial, redução de jornada de trabalho para 8 horas diárias (na época, chegava a 12-14 horas) e regulamentação do trabalho infantil e feminino.

32) a) Durante a República Velha (1889-1930), a economia cafeeira gerou a infra-estrutura para a lenta expansão do setor industrial da região Sudeste. A grande empresa exportadora de café determinou a acumulação de capitais, a formação do mercado consumidor, o fornecimento da mão-de-obra - predominantemente de imigrantes - para as fábricas e a criação de uma rede ferroviária que permitia a integração desse mercado. Ao mesmo tempo, a eclosão da Primeira Grande Guerra (1914-18) desarticulou o comércio internacional. O Brasil tinha grande dificuldade para importar manufaturados das fábricas inglesas, o que estimulou a criação de milhares de indústrias de substituição de importações, especialmente em São Paulo e sobretudo têxteis e alimentícias.

b) Na década de 1940, Getúlio Vargas impulsionou a implantação de um parque industrial, principalmente no setor da indústria de base. No modelo industrialista de Vargas, destacava-se o papel atribuído ao Estado. A entrada dos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial, em dezembro de 1941, pôs fim à política de neutralidade, inicialmente adotada por Vargas. Em troca de bases aeronavais no Nordeste, os Estados Unidos financiaram e enviaram técnicos para a construção da Companhia Siderúrgica Nacional.

Na segunda metade da década de 1950, Juscelino Kubitschek (JK) adotou uma política econômica conhecida como nacional-desenvolvimentista. O termo "nacional", entretanto, referia-se ao projeto de fazer do Brasil uma grande nação, pois JK incentivou a entrada do capital estrangeiro e das multinacionais. O setor industrial foi muito favorecido pelo Plano de Metas, praticamente duplicando sua produção nos cinco anos de governo.

33) a) A Grande Depressão foi a crise geral da economia, iniciada em 1929, possibilitada pelos efeitos da euforia e da recuperação econômica artificial dos Estados Unidos após a 1 Grande Guerra, provocando o desabamento da produção econômica e dos preços, o marasmo na agricultura e o desequilíbrio do comércio mundial.

Sua propagação pelo mundo deveu-se ao fato de estarem as economias capitalistas funcionando de forma interdependente, devido à importância da capital norte-americano no pós I Guerra Mundial.

b) -Crise da economia cafeeira - a Grande Depressão, ao provocar uma crise nos preços internacionais do café, afetou a já combalida economia cafeeira.

34) a) O tenentismo e a Aliança Liberal (Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraíba) criada para combater a oligarquia paulista.

b) Com os efeitos negativos da Crise de 29 sobre o preço do café, o que deixou evidente a situação precária do país em manter-se na dependência estrita da exportação de um só produto-chave, daí resultando a orientação do governo revolucionário em estimular o desenvolvimento industrial, fosse pelo favorecimento do câmbio alto, fosse pelo fato de o próprio Estado passar a investir em indústrias de base, tais como siderúrgica, de álcalis, de motores, hidrelétricas etc.

35) a) 1- a política dos governadores assegurou AMPLA LIBERDADE DE AÇÃO AOS GRUPOS OLIGÁRQUICOS DOMINANTES EM CADA ESTADO em contrapartida ao APOIO ASSEGURADO POR ESSES GRUPOS AO GOVERNO FEDERAL NO CONGRESSO NACIONAL.

2- a política dos governadores foi baseada em um ACORDO POLÍTICO que resultou no RECONHECIMENTO NAS DUAS CASAS LEGISLATIVAS FEDERAIS de parlamentares vinculados diretamente aos grupos oligárquicos dominantes dos estados.

b) A FALTA DE INDEPENDÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO frente às pressões dos grupos oligárquicos dominantes; a FRAUDE E A VIOLÊNCIA ELEITORAL constantemente presentes nos pleitos.

36) a) "Compromisso" entre a classe dominante, agregando setores sociais e econômicos e o proletariado urbano em torno das propostas populistas de Getúlio Vargas, para a manutenção dos 'status quo' vigente.

b) O "Estado de compromisso" não abrange o homem do campo no que concerne aos direitos trabalhistas.

37) a) A Segunda Guerra Mundial, sobretudo em sua fase final, em decorrência da integração do Brasil junto aos Aliados (Estados Unidos, Inglaterra e União Soviética).

b) Habilmente, Vargas iniciou contatos com autoridades e empresas alemãs visando a instalação de um parque siderúrgico no Brasil, o que levou os Estados Unidos a conceder empréstimos e técnicos para a construção da CSN, em troca da instalação de bases militares no norte e nordeste.

c) O modelo econômico neoliberal iniciado no Brasil na década de 1990, enfatiza a privatização das estatais, a flexibilização das leis trabalhistas e as facilidades para a entrada do capital externo, contrariando a política econômica nacionalista de Vargas apoiada no controle pelo Estado das indústrias de base com a criação das estatais e as concessões feitas ao trabalhadores através da C.L.T

38) a) Forte intervenção do Estado no processo de industrialização e a opção por privilegiar o desenvolvimento das indústrias de base (siderurgia/metalurgia).

b) Intervenção do Estado: procurando superar o impasse, gerado por uma extrema dependência do país às exportações de gêneros primários (agudizado com a crise de 29), o Estado no pós-30 agia como um verdadeiro empresário, financiando diretamente o processo de industrialização e criando posições propícias para o empresariado nacional como, por exemplo, o estabelecimento de um maior controle sobre a força de trabalho, através da colocação em prática das leis trabalhistas.

39) a) Para Vargas, a extração e a produção de petróleo era indispensável ao desenvolvimento industrial e econômico. Sob o controle do capital nacional, representava a independência econômica do país.

b) A defesa do trabalhismo (não querem que o trabalhador seja livre) como expressão do controle das massas e o nacionalismo ao defender a criação da Eletrobrás e da Petrobrás como meios de combate à presença do capital estrangeiro na economia nacional.

40) A nomeação do interventor João Alberto por Getúlio Vargas, confrontou-se com as elites de São Paulo que perderam a influência e o poder político que detinham antes da Revolução de 1930.

A crescente companha contra o intervencionismo, resultou na Revolução Constitucionalista de 1932.

41) a) A criação das Ligas Camponesas.

b) O núcleo da resposta consiste em articular a ameaça representada pelas Ligas Camponesas, organizadas principalmente na zona rural nordestina, aos grandes proprietários de terra, ou latifundiários, que passaram a denunciar tais movimentos sociais como comunistas ou desordeiros, ou ainda perturbadores da ordem estabelecida. Em face dessa conjuntura, somada à eclosão de inúmeras greves de operários fabris na cidades-reivindicando aumentos salariais -, bem como ao efetivo poder de pressão que muitos sindicatos detinham junto ao então presidente João Goulart - identificado pelas classes dominantes como de esquerda - efetivou-se o Golpe, ou revolução, de 64, para assegurar o retorno da ordem ao país.

Também poderá ser analisada a relação entre as ameaças à burguesia agrária, aos empresários industriais e, mesmo, às classes médias, que tais movimentos - no campo e na cidade - representavam, gerando a insegurança geral e o temor do domínio dos comunistas, que pode ser identificado às Reformas de Base iniciadas pelo presidente Goulart. Visando a combater operários e camponeses, as elites conclamaram os militares a reinstaurar a ordem no Brasil.

Outra possibilidade será o candidato relacionar as Ligas Camponesas com o temor dos grandes latifundiários de uma reforma agrária; articular as greves de trabalhadores urbanos ameaçadoras dos lucros dos empresários industriais, com a organização por parte destes últimos - através do IPES e do IBAD - do golpe de 64, para o que conclamaram o apoio dos militares, em particular os da ESG.

42) a) Os versos enfatizam o caráter agrário da economia brasileira durante o período colonial até a ascenção de Vargas. Sugerem ainda a dependência da economia brasileira ao capital estrangeiro.

b) O contexto histórico da música corresponde à fase final da República Liberal, mais especificamente ao governo João Goulart.

43) a) Bancada no Congresso Nacional que dava sustentação aos projetos encaminhados pelo Executivo, a qual possuía no PSD e no PTB seus principais suportes.

Política agrária favorável aos interesses dos grande proprietários à medida que não colocava em xeque os mecanismos de dominação sobre a massa trabalhadora rural.

Capacidade demonstrada pelo presidente em operar conciliatoriamente as estratégias populistas, conferindo-lhes uma marca pessoal.

b) O Plano de Metas visava estimular o desenvolvimento brasileiro, através principalmente, do incentivo ao setor industrial. Para tanto, buscou conjugar capitais estatais, capitais privados nacionais e capitais estrangeiros, favorecendo a entrada destes últimos por meio de diversos mecanismos cambiais e tributários. Nesse sentido, o governo JK se diferenciou da perspectiva nacionalista característica do segundo governo Vargas, ao enfatizar o binômio ordem e desenvolvimento. No entender do presidente e de sua equipe o atraso econômico poderia ser superado através de maciços investimentos em setores fundamentais, tais como o de infra-estrutura (estradas, portos, hidrelétricas etc), o de indústria de base (siderúrgicas, metalúrgicas) e de bens de consumo não duráveis (indústria automobilística, indústria eletro-eletrônica etc).

44) O Plano Marshall (1947) - ajuda financeira para a reconstrução das economias européias - tinha como principal objetivo conter o avanço das idéias socialistas no território europeu. Com a Europa empobrecida após a destruição da II Guerra Mundial, a possibilidade do crescimento dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais de contestação era muito grande. A conjuntura internacional cada vez mais demonstrava que a disputa pelo poder estava bipolarizada ideologicamente entre os EUA e a URSS (Guerra Fria).

b) Rompimento de relações diplomáticas com a URSS; Fechamento do Partido Comunista;Cassação de parlamentares do Partido Comunista.

45) a) A elevação dos índices de inflação; o aumento do desemprego e a queda dos salários face à falência de empresas.

b) - a criação de Programas visando a pesquisa e o uso de outras fontes de energia, como o Programa Nacional do Álcool (Pró-álcool) e o Programa Nuclear Brasileiro;

- o maior investimento na Petrobrás com o objetivo de prospecção na plataforma submarina, notadamente na bacia de Campos (RJ) e em projetos de pesquisa com o objetivo de encontrar bacias de petróleo em outras áreas do País.

46) O Brasil enfrentava grave crise econômica decorrente do aumento da inflação e o governo militar enfrentava protestos dos mais diversos setores da sociedade, com destaque para as greves no ABC paulista.

Durante o governo Figueiredo foi restaurado o pluripartidarismo suprimindo-se o bipartidarismo (ARENA e MDB)

47) Governo João Goulart, destituído pelo golpe militar de 1964 e marcado pelo nacionalismo e antiimperialismo, caracterizados pelas reformas de base.

48) a) A ausência do direito de greve; a aplicação da Lei de Segurança Nacional; a tortura e as violações nos direitos humanos; a extinção de partidos políticos e de entidades políticas como a UNE e a UEF.

b) As manifestações estudantis; a anistia ampla, geral e irrestrita a todos exilados e perseguidos pelo regime militar; a formação do Partido dos Trabalhadores.

49) Relaciona-se ao fim do paternalismo e assistencialismo da legislação, como a revisão da C. L. T., o fim da mediação governamental no conflito capital-trabalho e o fim do juiz classista.

50) O movimento dos trabalhadores rurais, ex-pequenos proprietários e ex-arrendatários de terras que exigem uma reforma agrária de grandes proporções no Brasil.